segunda-feira, 17 de outubro de 2011
A chuva voltou
segunda-feira, 13 de junho de 2011
5 meses
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Ainda parece que foi ontem
domingo, 13 de março de 2011
Buracos em Terê
Estes são apenas alguns dos buracos que eu fotografei hoje pela manhã em Teresópolis. A maioria das fotos foram feitas na Reta, principal avenida da cidade. Tem ainda algumas outras perto do Hospital das Clínicas, na Prata, perto da Faculdade de Veterinária (onde ainda tem terra de barreiras que caíram em 12/01) e na Manuel Lebrão, pegando a Rio-Bahia perto da APAE.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Japão x terê
segunda-feira, 7 de março de 2011
Reflexões de carnaval
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Cadê esse governo?????
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Noite de pesadelo
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Relexões de domingo III - Um mês depois...
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Ressaca
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Tragédia anunciada - atualização
Tragédia anunciada
Todos já ganharam pilhas de tijolos de candidatos a vereadores e títulos de posse de prefeitos. Mas as portas das casas ficam dentro da faixa de proteção marginal da estrada (no acostamento mesmo), as janelas ficam em cima do rio, os pedestres (cada vez mais numerosos) transitam pelo acostamento e as crianças jogam bola de gude abaixadinhos colados à estrada. No início do mês, a primeira tragédia - a casa que rachou, mas não chegou a ser uma tragédia de fato. Hoje, sim. A VERDADEIRA tragédia.
Um motorista, policial cansado, voltando de 48 horas de trabalho e quase chegando em casa, dormiu por alguns segundos depois do primeiro quebra-mola, e invadiu o acostamento, batendo de frente numa casa. Brincando na frente da casa, estavam os 4 filhos do Zé Luiz, que é filho do Sassá, e o próprio Zé Luiz. Um dos meninos morreu na hora, duas das crianças foram levadas com vida para o hospital (uma com ferimentos leves e outra em estado mais grave), e a quarta ficou aguardando a chegada dos bombeiros, que a levaram de ambulância para o hospital, onde ela morreu ao chegar. O Zé Luiz, bastante ferido e em estado de choque, ainda está no hospital. A mãe das crianças está do mesmo estado que se imagina que qualquer mãe possa estar ao ver seus 4 filhos atropelados de uma vez. Uma tristeza sem tamanho. Esta é a notícia publicada no G1.
Há alguns anos levantamos a questão no Nossa Teresópolis. Falamos exatamente a respeito dessa comunidade, que poderia servir como teste para remoção de outras. São aproximadamente 70 famílias hoje. Não é difícil prever que algumas casas vaõ cair e que algumas pessoas vão morrer atropeladas. Grande parte dos moradores passa o dia vagando pela calçada, que é o acostamento da RJ 130. Muitos não querem sair de lá, e até me olham de cara feia, sabendo que eu gostaria de vê-los morando em outro local. Esse seria o momento de entrar uma assistência social, cadastrar todos, e desapropriar alguma área próxima para fazer a relocação. Quantas mortes serão necessárias para que isso ocorra?
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Escolas
domingo, 30 de janeiro de 2011
Reflexões de domingo II
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Mais um dia...
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Vieira - Teresópolis
16/01/11
Alo Amigos
vim agora de umas das áreas atingidas pelas chuvas, meu sitio fica ao lado da cabeceira do rio Vieira, a 5 km da cidade de Vieira, uma região agrícola e de morros, onde agricultores passam a cultivar no terreno plano perto do rio, ou aplainada cortando algum barranco.
A chuva deste ano deve ter sido a maior de 1 ou duas gerações, mas pelo formato das pedras o leito do rio voltou ao que era a milhares de anos. de 2 metros de largura passou a ter 100, e as pessoas que moravam neste leito tiveram que decidir entre enfrentar a enxurrada ou ficar em casa. Decisões difícieis, que decide sua vida e de sua família.
Meu sitio foi pouco afetado, por ser no topo de uma cadeia de montanhas e com 80% de mata, não tivemos enxurradas e apenas deslizamento localizado, mas muitos vizinhos perderam tudo nas águas ou nos barrancos que caíram logo em seguida, apenas para ficar em exemplo mais próximo, os caseiros perderam 6 pessoas da familia moradores na região (tios e avós) ,
a filha perdeu a casa, pois saiu 2 minutos antes dela desabar.
Vi de tudo, pessoas ajudando no salvamento e recuperação, pessoas roubando casas abandonadas mesmo de dia, pessoas conformadas e confiantes no futuro, e outras ainda paralisadas pelo choque da catástrofe.
Pude ver muita ajuda entre moradores, ajuda material chegando na cidade e mesmo sendo levada aos lugares distantes. Vi vizinhos que não se falavam dormindo sob o mesmo teto, e comendo na mesma mesa. Mãe se despedindo de filhos antes da água subir, e filhos que quase perderam a vida tentando chegar na cidade dos pais.
Não me cabe perguntar o porque de tanto sofrimento, um plano maior conduz nossas vidas e coloca tudo isto para nossa evolução, me cabe sim, ajudar no que for possível, seja materialmente ou em orações. A vida de todas as pessoas da cidade estarão fortemente abaladas e espero que com a alma fortalecida.
Wagner
24/01/11
Amigos
11o dia após o temporal da serra fluminense
Os últimos dias de sol deram vivacidade à natureza, e no meio da destruição,as pessoas apesar de tristes, estão retomando seu trabalho nas lavouras.Levando verduras e legumes nas costas ou com ajuda de pequenos tratores por caminhos e pontes improvisadas. Até onde a vista alcança estimamos que um quinto da área cultivada foi perdida.
Chegamos por volta das oito da manhã do dia 20 de janeiro. Na Terê-Friburgo, RJ 130, alguns trechos sendo desobstruídos, com meia pista. Seis a sete máquinas no centro de Vieira, com diferentes logos, trabalhando na retirada de escombros e lama, pontes sendo refeitas, linhas de telefonia e de eletricidade em recuperação.
Ao visitar conhecidos que perderam as casas, ficamos felizes pela assistência dada a esses moradores.
Cestas básicas e roupas distribuídas com fartura, trilheiros de moto indo de casa em casa onde apenas se passa por trilhas devido aos desbarrancamentos perguntando a idade das crianças, a necessidade de remédios e voltando em seguida com os medicamentos, fraldas, leite, brinquedos. Soldados do exército retirando a lama de casas, cruz vermelha e veículos 4X4 de voluntários circulando e distribuindo víveres e água mineral. Assistência não está faltando.
O antigo posto foi destruído, por isto um provisório foi instalado em uma escola municipal, médicos e enfermagem atendendo a todos, fornecendo remédios e vacinando contra tétano.
Difícil está sendo conseguir máquina para desobstruir vias vicinais. A solução costumeira dos vizinhos se unirem num trabalho de mutirão desta vez não é possível porque os troncos a serem retirados são muito grandes. Não há máquina particular disponível para ratear o custo. A solução foi correr atrás de máquina do poder público, o que só ocorreu hoje.
A energia elétrica voltou em 7 dias, proporcionando o conforto de água gelada, banho quente, roupa lavada na máquina, iluminação à noite, rádio e televisão. A telefonia demorou mais e não está totalmente restabelecida. Nos momentos em que está funcionando possibilitou ter notícias de parentes e amigos, alguns que se julgavam perdidos.
As atitudes tem sido as mais variadas. Desde aquele que agradece ajuda porque já a recebeu e naquele momento não precisa até o que acumula doações para vendê-las. O dono de supermercado que abriu um caderninho de fiado, para suprir as necessidades imediatas dos seus fregueses, aquele que fechou as portas e demitiu funcionários pois suas vendas ficaram quase nulas, e o que aumentou demasiadamente os preços de arroz e feijão, sendo autuado pela polícia.
Percebe-se a falta de informação das pessoas do local. O rio Vieira parece ter retomado seu curso natural, desviando-se em muitos metros do caminho que tinha recentemente. Depois de uma semana sem chuva voltou a correr em seus dois metros de largura, mas deixando uma margem de aproximadamente 50 metros para cada lado cheio de pedras. È como se ele estivesse cansado de ficar tão apertado nos últimos 100 anos, e retornou ao tamanho original de milhares de anos....
Tidas como terras particulares, os donos pretendem aterrar as margens e voltar a plantar e mais tarde construir, ainda há terrenos cedendo, casas debaixo de voçorocas que a cada ano aumentam, e nesta enxurrada em particular, transformaram-se em gargantas, sem que as pessoas se convençam do perigo que correm.
Neste momento a pressão por moradia é enorme, a maioria das famílias desabrigadas está vivendo com parentes, outras em abrigos.
O tempo que cura feridas, também faz esquecer os perigos. Vivemos em uma época de extremos, a superfície vegetal nunca esteve tão devastada e a chuva tão intensa. Se algumas áreas que não eram de risco desabaram, as de risco desabaram todas.
Na região serrana todas as pessoas foram atingidas pela chuva de 12 de janeiro, seja pela perda de parentes ou amigos, pelas perdas materiais, ou pelo sério impacto econômico que já se faz sentir na região. A corrente de solidariedade se fez sentir em cada necessitado, a capacidade de recuperação dependerá do poder público, de cada indivíduo atingido, e daqueles que contribuíram para amenizar suas perdas.
A natureza não está reagindo contra nós, apenas retornando o que mudamos ou retiramos dela, cabe a nós aprendemos a conviver com ela, e nisto não estamos nos saindo bem.
Wagner
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Uma segunda quase normal
domingo, 23 de janeiro de 2011
Reflexões de domingo
sábado, 22 de janeiro de 2011
Miséria
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Encaminhando mais um comentário
carla moura para mim
mostrar detalhes 10:16 (14 horas atrás)
Oi Paulinha,
entendo perfeitamente o que sente. Escrever é uma maneira de exteriorizar todo esse sentimento que mistura tristeza, amor, raiva, angústia, solidariedade, etc... Nos sentimos impotentes diante do caos.
Nesta semana escutei estórias de todos os meus amigos sobre Teresópolis. Todos tinham uma situação de perda, morte de pessoas próximas e dor. Vários tinham ido a enterro de pessoas conhecidas. Pensei, o que está acontecendo? Parece que todos estamos direta ou indiretamente envolvidos nesta catástrofe. Como sempre procuro buscar respostas para minhas perguntas. Só consigo chegar a conclusão, dentro da minha crença, que isso ocorreu para a gente acordar.
O que estamos fazendo com os nossos valores, com o nosso amor ao próximo, com os nossos sentimentos. Estamos nos tornando cada vez mais individualistas e pobres de espírito. Essa corrente de solidariedade nos faz perceber que ainda existe chance para um mundo melhor, mais fraterno e de compaixão ao próximo.
Devemos neste momento olhar para dentro de nós e perguntar, o que eu vim fazer aqui nesse mundo?
Continue escrevendo, além de ser uma ótima jornalista, uma excelente veterinária, é um ser humano maravilhoso.
Bjs e boa sorte nessa empreitada.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Hoje
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Enaminhando outro comentário
Não sei ainda como alterar a postagem de comentários, mas basta clicar na palavra "X" comentários, abaixo do texto.
Obrigada a todos pela participação!
José Manuel Resende para mim
mostrar detalhes 09:35 (14 horas atrás)
Cara Amiga,
Desde que ouvi os primeiros comentários da tragédia, tua imagem não mais saiu do meu pensamento e se não te liguei antes foi por medo da resposta (ou não resposta).
Todos estes dias tenho tentado compreender a impotência e a distância que sinto perante tal acontecimento e só a resignação restava para aliviar essa incapacidade do pensamento.
Senti esse silêncio profundo que falas, no ano passado, quando a tragédia também passou por Angra e muito ligeiramente pudemos sentir os efeitos causados, em nossa própria comunidade.
Essa sensação que descreveste fez desaparecer a abstracção que sentia, para dar lugar agora à partilha de um sentimento comum.
Ao silêncio onde está o teu, junto o meu, porque os apelos têm de ser feitos sem voz para que sejam ouvidos ou se perdem em promessas e demagogias.
Escrever é silêncio e te agradeço a perpetuação desta reflexão que jamais será apagada da minha memória, carregando para sempre a lição da tua atitude.
O que sobra de uma desgraça só tem sentido se transformado na maior capacidade do ser humano: dar.
Obrigado por partilhares teu sofrimento comigo.
Estou totalmente disponível para contribuir para qualquer necessidade pessoal e profissional, uma vez que a área de arquitetura pode ser necessária para algum fim.
Peço-te que não esqueças.
Abraço
José Manuel Resende